União Europeia propõe novo pacote de sanções contra a Rússia focado em combustíveis

A medida busca acelerar a eliminação das importações de combustíveis russos

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, durante coletiva
19 de Setembro de 2025 - 14h55

A Comissão Europeia propôs, nesta sexta-feira (19), o décimo-nono pacote de sanções contra a Rússia, desta vez focado nos hidrocarbonetos, como medida de pressão sobre Moscou pela guerra na Ucrânia, anunciou a porta-voz do órgão, Paula Pinho. “Podemos confirmar que a comissão aprovou um novo pacote de sanções contra a Rússia, o décimo-nono pacote”, disse Pinho em uma coletiva de imprensa em Bruxelas. A presidente da comissão, Ursula von der Leyen, deve fornecer mais detalhes sobre o pacote ao longo do dia, mas nesta semana já havia adiantado que as sanções buscam acelerar a eliminação das importações de combustíveis russos e terão como alvo também as criptomoedas e os bancos.

As 18 rodadas anteriores de sanções europeias à Rússia pela invasão da Ucrânia em 2022 buscaram esgotar os cofres que financiam a máquina de guerra e incluíram desde o congelamento de ativos até uma proibição quase total de importações de petróleo russo.O anúncio deste novo pacote de sanções ocorre em um momento em que o presidente americano, Donald Trump, exige que a Europa pare de comprar petróleo russo e que imponha sanções à China antes de aplicar novas medidas contra Moscou. Von der Leyen disse nesta semana, após conversar com Trump, que a comissão quer acelerar “a eliminação das importações de combustíveis fósseis russos”, algo que o bloco planejava concluir até o final de 2027.

Como a União Europeia já proibiu quase todas as importações de petróleo russo – de 29% do petróleo que consumia em 2021 a 2% em meados de 2025 -, espera-se que as novas medidas se concentrem nas importações de gás. Apesar dos esforços realizados durante várias décadas para reduzir sua dependência do gás russo, em 2024 a União Europeia importou desse país 19% do gás que consome, em comparação com os 45% registrados antes do início da guerra.

Fonte: Jovem Pan