PIB do Brasil avança e cresce 1,9% no 1º trimestre de 2023

Na comparação com o mesmo período de 2022, o índice que mede o crescimento da economia teve alta de 4%

Presidente Lula e ministro da Fazenda, Fernando Haddad, querem acelerar a geração de empregos no país
2 de Junho de 2023 - 14h57

Um dos principais indicadores da atividade econômica de um país, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,9% nos primeiros três meses de 2023 em relação ao trimestre anterior, bem acima das expectativas projetadas. O percentual foi divulgado nesta quinta-feira (01), pelo IBGE. Na comparação com o mesmo período de 2022, o crescimento foi de 4%. Levando em conta o acumulado dos quatro últimos trimestres, a alta é de 3,3%. Em valores reais, o PIB no primeiro trimestre de 2023 totalizou R$ 2,6 trilhões. A taxa de investimento foi de 17,7% do PIB. Já a taxa de poupança foi de 18,1%, acima da taxa registrada no mesmo período de 2022 (17,4%).

De acordo com o documento Crescimento Real Ttrimestral do PIB, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil apresentou no primeiro trimestre deste ano o quarto maior índice de crescimento em relação às 37 nações cujos dados já estão disponíveis. Apenas Polônia, com 3,9%, China, com 2,2%, e Luxemburgo (2%, valor ainda provisório) aparecem à frente do Brasil. Seis nações, entre elas a Alemanha (-0,3%), apresentaram percentuais negativos de acordo com a OCDE.

Na comparação com o trimestre anterior, houve alta expressiva na Agropecuária (21,6%). É a maior alta do segmento desde o quarto trimestre de 1996. Segundo o IBGE, o resultado é explicado principalmente pelo aumento da produção da soja, principal lavoura de grãos do país, que concentra 70% da safra no primeiro trimestre e deve fechar este ano com recorde.

Também houve evoluções nos Serviços (0,6%) e estabilidade na Indústria (-0,1%). Entre as atividades industriais, houve desempenhos positivos nos segmentos de Indústrias Extrativas (2,3%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,7%). A queda foi registrada em Construção (-0,8%) e Indústrias de Transformação (-0,6%). Nos Serviços, houve crescimento em Transporte, armazenagem e correio (1,2%), Intermediação financeira e seguros (1,2%) e Administração, saúde e educação pública (0,5%), além de variações positivas no Comércio (0,3%) e Atividades imobiliárias (0,3%).