Ministério Público apresenta mais uma denúncia contra Dr. Rogério
A situação política e jurídica do vereador de Santana de Parnaíba, Dr. Rogério (PCdoB) se agrava. O Ministério Público de São Paulo apresentou uma nova denúncia contra o parlamentar pedindo o afastamento do cargo e também o bloqueio de bens em mais de R$ 430 mil. A Ação Civil Pública é devastadora para Rogério, que responderá por crime de improbidade administrativa, podendo ter o mandato cassado e ainda ficar inelegível por oito anos.
Segundo acusação do MP, Dr. Rogério nomeou duas funcionárias para trabalhar em seu Gabinete como assessoras parlamentares, Géssica Vanessa de Farias Feitoza e Jessica de Araujo Silva, no entanto, apesar do recebimento da remuneração mensal, elas jamais desempenharam suas funções, enriquecendo ilicitamente e causando lesão aos cofres públicos. Géssica foi “funcionária fantasma” de maio de 2014 a abril de 2016, e Jessica de abril de 2014 a fevereiro de 2017, somando as duas “assessoras”, o Gabinete de DR. Rogério pagou cinco anos de salário em dia para duas pessoas que não trabalharam.
Como a crise econômica do país está cada dia pior e o número de desempregados já supera 13 milhões de pessoas, essa notícia caiu como uma bomba na cidade e moradores protestaram nas redes sociais.
“Esse é o respeito que o vereador Rogério tem por seus eleitores, dá emprego para pessoas receberem um alto salário sem trabalhar”, disse Silmara da Silva. “Não podemos esquecer que ele votou pela absolvição do Silvinho que deixou R$ 65 milhões de dívidas pra cidade”, lembrou Edna Cardoso. “São casos como esse que nos dão a certeza da impunidade, os caras fazem o que querem e não acontece nada. Temos que ir pra Câmara protestar e acabar com essa farra”, finalizou Ronaldo Gonçalves.
De fato a pressão popular pode ser fatal e determinante para o afastamento de Dr. Rogério, que já enfrenta outro processo de cassação de mandato por supostamente ter utilizado veículo oficial da Câmara para viajar a praia. Nossa equipe de reportagem entrou em contato com o Gabinete do vereador parnaibano, que se defendeu das acusações.
“Na verdade ainda não fui notificado pela Justiça para responder as acusações, assim que for notificado prestarei todos os esclarecimentos, estarei sempre à disposição da Justiça. Quanto a denuncia em si, afirmo que tenho dois funcionários comissionados, e ambos dão expedientes diários na Câmara. Portanto, não tenho e nunca tive funcionários que deixaram de dar expediente. Denúncia tem que ter provas contundentes e inequívocas, não apenas um relato isolado de um antigo desafeto. Quem pediu o meu afastamento em liminar e a indisponibilidade de bens foi o MP, a Juíza Graciella Lorenzo Salzman só irá analisar os pedidos no recebimento da inicial após nos manifestarmos no Processo", disse Dr. Rogério.
Mais informações sobre a denúncia do MP você consegue no site www.tjsp.jus.br. No link Consulta Processual você digita o número do Processo: 1007209-75.2017.8.26.0529.