Homem continua foragido após atentados terroristas em Barcelona
A polícia continua procurando um homem foragido após os dois atentados na Catalunha, que deixaram 13 mortos e mais de 100 feridos, anunciou na sexta-feira o presidente do governo catalão, Carles Puigdemont. Questionado sobre a fuga de um “terrorista”, Puigdemont confirmou que estava “efetivamente solto”, indicando que a polícia não tem elementos sobre suas “capacidades de fazer dano”.
“Com este tipo de perfil, se sabe, ficou demonstrado, que tem a intenção de provocar dano”, completou o chefe do Executivo regional, antes de afirmar que “nas próximas horas teremos resultados visto o trabalho da polícia”. A pessoa em questão poderia ser o motorista da van que atropelou dezenas de pessoas em Barcelona e que fugiu a pé. Uma testemunha o descreveu como “um homem muito jovem, na casa dos 20 anos, de rosto magro”.
O secretário regional do Interior, Joaquim Forn, declarou ao canal público da Catalunha que existe uma terceira linha de investigação, para “descobrir a identidade da pessoa que cometeu o atentado na Rambla de Barcelona e que é a pessoa que resta por identificar”.
Dois carros atropelaram várias pessoas na Catalunha com poucas horas de intervalo: 13 morreram e mais de 100 ficaram feridas em Barcelona e sete ficaram feridas na cidade costeira de Cambrils, onde a polícia matou cinco “supostos terroristas”. “No momento nos concentramos na identificação das cinco pessoas mortas em Cambrils”, declarou Forn.
Três suspeitos foram detidos pela polícia.
Um marroquino, Driss Oukabir, foi detido na quinta-feira em Ripoll, 100 km ao norte de Barcelona, enquanto um espanhol nascido em Melilla – território espanhol no Marrocos – que não teve a identidade revelada, foi detido em Alcanar, 200 km ao sul de Barcelona, após uma explosão na madrugada de quinta-feira em uma casa na qual a polícia acreditava que os inquilinos preparavam um artefato explosivo.
Os Mossos d’Esquadra (polícia regional) anunciaram durante a noite a detenção de um terceiro homem em Ripoll. Sobre as detenções na localidade, o secretário do Interior catalão afirmou que as autoridades investigam uma “relação entre estas pessoas (os detidos em Ripoll)” e que “outras pessoas em Ripoll poderiam ter relação com o grupo”. Para determinar esta conexão “estamos averiguando residências”, disse Joaquim Forn.