O governo da Colômbia anunciou, nesta quinta-feira, que emitirá vistos de residência temporária para mais de 150.000 venezuelanos que estão no país. A medida beneficiará os cidadãos do país caribenho que tenham entrado legalmente no país até hoje.

Segundo o diretor de Imigração da Colômbia, Christian Kruger Sarmiento, quem obtiver a permissão poderá residir no país por um período de dois anos. “Estamos conscientes da situação no país vizinho e queremos dar uma ajuda”, disse Kruger em uma coletiva de imprensa.

Venezuela isolada

A Delta Airlines suspenderá seu serviço à Venezuela indefinidamente a partir do dia 16 de setembro. A companhia aérea americana contava com um voo semanal entre Atlanta e Caracas, cuja última viagem se realizará nesse dia. A Delta já tinha reduzido a frequência das suas conexões com a Venezuela por causa de disputas com as autoridades pelo acesso a moedas.

Na quinta-feira, a colombiana Avianca anunciou o fim das operações na Venezuela, adiantando uma medida que iria aplicar a partir de 16 de agosto. “Em razão de limitações operacionais registradas nas últimas horas, a Avianca se vê obrigada a suspender a partir de hoje (quinta) suas operações na Venezuela, e NÃO a partir de 16 de agosto, como estava previsto”, anunciou a empresa num comunicado.

A decisão inclui a suspensão da venda de passagens em rotas que conectam Caracas com Bogotá e Lima.

Após operar na Venezuela por mais de sessenta anos, a Avianca justificou a decisão pelas dificuldades que a operação aérea encontra no país.

A Avianca e a Delta se somam à lista de companhias aéreas que suspenderam suas operações na Venezuela por causa de uma dívida do Estado com as empresas do setor, que chega a 3,8 bilhões de dólares. Em 30 de junho, a americana United Airlines fez seu último voo saindo do país.

A Air Canada suspendeu a operação em 2014, bem como a Aeroméxico. A Alitalia engrossou a lista em 2015, e GOL, Latam e Lufthansa, em 2016.