Maternidade de Barueri registra média de 300 partos por mês
Todos os dias há gente nova chegando ao mundo - que o diga a Maternidade Municipal Nair Fonseca Leitão Arantes, de Barueri. Lá, independentemente do que esteja ocorrendo globo afora, o fluxo não se altera, afinal, a vida não pode esperar. A unidade realiza uma média de 300 partos por mês.
A pandemia causada pelo novo coronavírus não afetou o número de nascimentos que costumam ocorrer no município normalmente, mas exigiu da equipe diversas adaptações para garantir ainda mais segurança às gestantes e aos recém-nascidos.
As primeiras providências foram junto à equipe, conforme relata a diretora técnica da unidade, Márcia Zugaiar Buchala. Ao assumirem seu plantão, todos os profissionais colocam roupas privativas, usam os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados e passam por um controle diário de temperatura corporal.
A limpeza do espaço também foi intensificada, assim como o uso de álcool 70%. Além disso, o controle de acesso à unidade está ainda mais rígido, até mesmo com relação a funcionários, profissionais de outras unidades, inclusive os que trazem pacientes para internação.
Foram providenciados espaços destacados para pacientes com suspeita de coronavírus e outras medidas de segurança. “Foi adaptado um novo pré-parto, uma sala de parto e uma enfermaria para pós-parto para as pacientes com suspeita de Covid-19; os recém-nascidos ficam nos berços comuns mantendo o distanciamento preconizado e as puérperas usam máscaras durante o período de internação. Em casos de recém-nascidos que necessitam de cuidados de UTI, ficam em incubadora no berçário mantendo o distanciamento preconizado e os colaboradores utilizam EPIs durante toda assistência prestada. Os horários de visitas no berçário também foram reestruturados”, detalha Márcia.
Normalmente a parturiente tem direito à companhia desde o parto e durante todo o período de internação, até porque o bebê fica com a mãe todo o tempo desde que nasce (exceto os que necessitam de incubadora). Por causa da pandemia as regras para visitas e acompanhamento também precisaram ser revistas, obedecendo ao Decreto 9.113, de 23 de março de 2020, que reconhece o estado de calamidade pública da pandemia da Covid-19 e, dentre outras providências, restringe ao máximo o acesso de acompanhantes em todas as unidades de saúde do município para conter a disseminação do vírus e a exposição de pacientes e visitantes.
Embora não seja fácil para as mamães e familiares essa restrição, a compreensão e colaboração têm sido grandes, conta a médica. “A maioria das pacientes e seus familiares têm ciência da gravidade da doença e compreendem e aceitam as medidas adotadas, inclusive colaboram muito durante seu período de internação”, ressalta Márcia.
Cuidado redobrado
De acordo com a médica, parturientes e recém-nascidos fazem parte do grupo de risco, especialmente o bebê, que ainda não desenvolveu sua imunidade, forçando todo o serviço a ter cuidados redobrados também com relação ao coronavírus. Felizmente até o momento houve apenas um caso de paciente internada com suspeita de Covid-19, transferida ao Hospital Municipal de Barueri, conforme protocolo municipal.
Mesmo assim, a diretora da Maternidade não deixa de ver a situação com a seriedade que ela merece. “É um momento extremamente crítico e desafiador, necessitando um olhar diferente e um trabalho em conjunto tanto dos profissionais quanto da sociedade para minimizar a disseminação do vírus, preservando vidas, e esse é o nosso objetivo”, garante ela.