Decisão do STF mantém prefeita Lili Aymar afastada do cargo
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve afastada do cargo a prefeita de Araçariguama, Lili Aymar. A informação foi divulgada neste sábado (29) e, segundo o documento, o prazo é de seis meses a partir da data da decisão do afastamento, em 18 de outubro de 2019.
O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, negou o pedido da defesa da prefeita para que ela voltasse ao cargo, do qual foi afastada por improbidade administrativa. O pedido foi feito pelo Ministério Público, que alegou que o marido dela, Carlos Aymar, era quem realmente administrava a cidade. Desde então, o vice-prefeito João Batista Júnior, o "Joca", passou a assumir o cargo.
Desde o dia do afastamento, a Justiça negou dois pedidos da defesa da prefeita para voltar ao cargo. O último foi em 4 de dezembro. Carlos Aymar foi preso dias antes do afastamento de Lili, em 14 de outubro, suspeito de receber dinheiro de propina para liberar a construção de um conjunto habitacional. O secretário de gabinete, Israel Pereira da Silva, também foi preso por suposta participação no esquema. Os dois estão presos em Tremembé.
Afastamento
O documento que pediu o afastamento tem como base do artigo 20 da Lei Federal n.8429/92, que diz respeito à improbidade administrativa. Segundo o texto, Lili Aymar permitiu e autorizou que seu marido, mesmo sem qualquer nomeação para cargo em comissão, tivesse um espaço no prédio da prefeitura. Em nota, a prefeitura informou que o ex-prefeito não tinha e nunca teve sala exclusiva na sede.