O Hinode/Barueri é campeão da superliga B de Vôlei Feminino
O Hinode/Barueri é campeão da superliga B de Vôlei Feminino. Está garantido na próxima edição da Superliga A - temporada 2017/2018, mas antes de falar do jogo é necessário falar do ator principal: a torcida.
Que show e que espetáculo deram o torcedor barueriense que lotou o ginásio José Corrêa na agradável noite da segunda-feira, dia 10. Ao som de batedores e palmas, muitos gritos incentivaram como nunca as meninas que faziam, muito bem e com uma concentração de monge budista, seu papel dentro da quadra. Resumindo, foi um verdadeiro espetáculo dentro e fora das quatro linhas, algo que há tempos o "Zé Corrêa" não via. A torcida foi conclamada e compareceu. Mostrou seu valor, seu carinho, sua identidade com a cidade e comemorou a vitória como qualquer conquista deve ser comemorada.
Se estivéssemos falando do "Oscar", seria difícil a escolha do ator. Mas como já elegemos a torcida como o principal, a estatueta de ator coadjuvante pode e deve ficar com o outro Zé, o Roberto Guimarães, campeão de tudo o que se possa imaginar, mas que faz desse esporte uma coisa sublime. O nada mais, nada menos, tricampeão olímpico masculino e feminino, morador de Barueri há 35 anos e que na linguagem popular podemos dizer que “ele é o cara”.
Montou um grupo vitorioso, de veteranas e novatas, e em apenas seis meses, transformou um sonho numa realidade concreta. José Roberto Guimarães é tudo o que dizem e muito mais. Sem pedir nada em troca, quer fazer do vôlei da nossa região uma verdadeira potência. Fez isso anos atrás em Osasco e quando diz “nossa região é muito rica em material humano”, acerta em cada palavra.
Agora vamos ao jogo
Desde o início a partida se mostrou tranquila. As atrizes principais do Hinode/GRB mostraram em todos os momentos muita concentração. O 1º e 2º sets foram absolutamente definidos no quesito tranquilidade de um lado e nervosismo do outro. Enquanto a levantadora Ana Cristina “brincava” na distribuição das jogadas, Erika, Suelle e Sara enxergavam a quadra adversária como o quintal de casa. Conheciam cada pedacinho e o exploravam de maneira exemplar.
Além dos belíssimos ataques, a defesa também funcionava de forma organizada. A líbero Dani Terra pegava quase todos e Vivi Góes e Fê Isis davam o suporte que faltava. Os 25/10 e 25/11 das duas primeiras parciais mostravam que seria difícil para o time de Curitiba virar o placar e consequentemente tirar o título de uma equipe que ao longo do torneio perdeu apenas dois sets.
No terceiro set, um pouco mais complicado, mais pelo clima de já ganhou do Hinode/GRB do que pelo ímpeto do time do Curitibano, apareceram Suelle e Sara. A primeira, maior pontuadora da disputa, parecia mais um paredão que rechaçava qualquer tentativa das adversárias. A segunda, uma verdadeira rainha etíope de pernas longas aparecia no ataque de todos os lados. No ponto final apareceu na sua posição. Na saída de rede meteu sua canhota para fechar o jogo e o campeonato em 3 a 0 com a parcial de 25/20.
No êxtase da vitória, mas sempre com os pés no chão, o Zé disse, “agora vamos descansar, mas pouco. Já temos que começar a pensar em nossa próxima etapa de trabalho”, finalizou o agora também campeão de uma liga inferior com muito orgulho.