Secretaria de Educação de Itapevi inicia aulas do curso de Libras
A Prefeitura de Itapevi deu início na segunda-feira (18), a mais uma edição do curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais). Gratuitas, as aulas são realizadas no Centro Municipal de Formação de Professores Anísio Spínola Teixeira, no Centro.
O curso é ministrado pela professora e tradutora-intérprete de Libras, Roselaine da Silva, do GAEE (Gerenciamento de Atendimento Educacional Especializado). A carga horária do nível básico é de 120 horas, de 180 horas para o intermediário e 200 horas para o avançado.
“Aprender Libras é muito importante", diz Roselaine. "Ela deve ser uma língua acessível para todos, garantindo a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes”, explica. Realizado pela Secretaria de Educação do município, o curso é oferecido em Itapevi desde 2013. De então, já foram formados mais de 1,5 mil alunos - neste ano, o objetivo é formar 200 pessoas.
“Falar com as mãos é difícil, mas muito interessante. Estou muito contente com o aprendizado. Acho importante a Prefeitura pensar no ensino inclusivo”, afirma Márcia de Moraes Rufino da Cunha, 38, moradora do bairro Jardim Santa Rita e professora de educação infantil.
As aulas são realizadas durante a semana, das 19h às 21h. No curso básico (100 vagas), as aulas acontecem às segundas e sextas-feiras; no intermediário (50 vagas), às terças-feiras; para os alunos do avançado (50 vagas), acontecem às quintas-feiras. Os participantes se inscreveram para o curso ainda no final de fevereiro.
Sobre a Libras
Instituída pela lei federal nº 10.436 de 2002, a Libras é a língua materna da comunidade surda no Brasil. Ela consiste em um sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, que tem como origem a Língua Francesa de Sinais (LSF), e que é fundamental para a comunicação de pessoas surdas.
No Brasil, os estudos sobre a Libras foram iniciados em 1981. Desde então, a língua que utiliza as mãos para formar as palavras, vem se aperfeiçoando com a criação de novos sinais e com a readequação dos já conhecidos.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e estatísticas), mais de 12 milhões de brasileiros têm deficiência auditiva.