O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar na próxima semana o processo em que a prefeita eleita Paula Ribas (afastada pela Justiça) e a vice-prefeita Dalete Oliveira (atual interina), foram cassadas em primeira e segunda instância por, segundo os juízes, aproveitarem-se do cargo público para intensificar obras de pavimentação em mais de 180 ruas às vésperas das eleições com o objetivo de interferir no resultado do pleito. O julgamento se baseou no artigo 22, caput, com o artigo 22, inciso XIV, da Lei nº 64/90. Se o TSE confirmar a cassação, Dalete deixa a prefeitura e junto com Paula fica oito anos inelegível. Novas eleições para prefeito devem ser realizadas na cidade até o final do ano.

Paula Ribas já tinha sido afastada do cargo de prefeita pelo Tribunal de Justiça de São Paulo acusada pelo Ministério Público da suposta prática de 27 delitos à frente do Poder Executivo. Dalete Oliveira assumiu como interina por ser vice-prefeita e, há quase um ano no cargo, a cidade sofreu com o despejo de 120 famílias da Santa Teresinha que tiveram suas casas destruídas, greve de médicos do Hospital Municipal, falta de medicamentos nas UBSs, fechamento das Unidades de Saúde da Família, fechamento de duas escolas, corte do transporte universitário de estudantes, fechamento de unidades do PROCON, atraso no pagamento dos servidores, contratou nova Organização Social para gerir o Hospital Municipal sem licitação e afundou a cidade no maior escândalo de corrupção da história.