Gama confirma à Polícia Civil delação de corrupção no HMC
Ricardo Rodrigues Gama, ex-chefe de Gabinete, Diretor de Educação e Negócios Jurídicos da Prefeitura de Cajamar, confirmou em depoimento na Delegacia Seccional da Polícia Civil que é prova testemunhal dos crimes de fraude à licitação, corrupção, improbidade administrativa e formação de quadrilha, que teriam sido praticados por Joaquim Eduardo de Jesus (diretor de Licitações e Compras) e Eryck de Oliveira Giacon (diretor de Governo e Gestão), com total conhecimento da prefeita Dalete Oliveira, na Saúde do município.
Segundo delação feita por José de Souza Dias, diretor Executivo da UNISAU (empresa que gerenciava o Hospital Municipal), ao Ministério Público, Erick e Joaquim pediram R$ 300 mil em propina para que a entidade tivesse o contrato renovado com a Prefeitura. A confirmação da veracidade dessa delação, em depoimento de Gama à Polícia Civil como prova testemunhal, é devastadora para Dalete, pois Gama não era um servidor qualquer. Experiente advogado, ele era considerado o homem forte do governo, braço direito da prefeita, inclusive tendo sido nomeado por ela para ocupar três importantes cargos ao mesmo tempo na administração municipal.
Entenda o caso
Segundo denúncia feita pelo diretor Executivo da UNISAU, José de Souza Dias, ao Ministério Público, durante reunião na Prefeitura de Cajamar com Joaquim Eduardo de Jesus, diretor de Licitações e Compras, e Eryck de Oliveira Giacon, diretor de Governo e filho da prefeita Dalete Oliveira, foi exigido pagamento de R$ 300 mil em propina para que a entidade tivesse seu contrato renovado e pudesse permanecer na gestão do Hospital Municipal, e caso não aceitasse já existiriam outros “parceiros” dispostos a pagar e assumir o contrato futuro, assim como os demais Projetos na área da Saúde como Plano de Saúde da Família que está fechado por falta de médicos.
Diante disso, o diretor da UNISAU se reuniu com Ricardo Rodrigues Gama, ex-chefe de Gabinete, para informar o ocorrido. Gama convocou e interpelou Joaquim e Eryck sobre a denúncia e na sequência dirigiram-se ao gabinete da prefeita Dalete Oliveira aonde expuseram o que estava acontecendo na sua presença, causando um grande embate. Gama teria se posicionado no sentido de coibir atos como este e Dalete ao presenciar um crime de fraude à licitação, corrupção, improbidade administrativa e pedido de propina, deveria imediatamente ter dado voz de prisão aos envolvidos.
No entanto, ficou explícito na delação que Dalete, seu filho Eryck e o diretor de Licitações Joaquim, agiam em conjunto, pois segundo relato, nada foi feito e a UNISAU passou a sofrer uma perseguição frenética, com fracionamento nos pagamentos que prejudicaram os atendimentos e ameaças de represália que resultaram no encerramento do contrato com a UNISAU e a contratação em caráter emergencial da empresa INSAÚDE, pelo período de seis meses, com valor superior a R$ 50 mil por mês, que totaliza os R$ 300 mil pedidos como propina.