O que é o evangelho?

“Alguns falam sobre prosperidade financeira. Outros uma utopia política".

“Alguns falam sobre prosperidade financeira. Outros uma utopia política".
22 de Junho de 2018 - 12h58

Em um sentido, toda a Bíblia é o evangelho... Alguns falam sobre o evangelho em termos de prosperidade financeira. Outros descrevem uma utopia política em nome de Cristo. Alguns desses temas são bíblicos. Mas nenhum deles é o evangelho. Então, o que é o evangelho? O evangelho é a boa notícia da parte de Deus, em primeiro lugar, de que “Cristo morreu pelos nossos pecados”.

A Bíblia diz que Deus criou Adão sem pecado e capaz de governar uma criação boa (Gênesis 1). Depois, Adão se apartou de Deus e levou toda a nossa raça a cair com ele na culpa, miséria e ruína eterna (capítulo 3). Mas Deus, em seu grande amor por nós, enviou um Adão melhor, o qual viveu a vida perfeita que nunca vivemos e morreu a morte culpada que não queremos morrer. “Cristo morreu pelos nossos pecados” no sentido de que, na cruz, Ele fez expiação pelos delitos que cometemos contra Deus, nosso Rei.

Jesus, morrendo como nosso substituto, absorveu em Si mesmo toda a ira de Deus contra a real culpa moral do seu povo. Ele não deixou nenhuma dívida não paga. Ele mesmo disse: “Está consumado” (João 19.30). E nós diremos para sempre: “Digno é o Cordeiro que foi morto!” (Apocalipse 5.12). Em segundo lugar, o evangelho diz: “foi sepultado”, enfatizando que os sofrimentos e a morte de Jesus foram totalmente reais, extremos e decisivos. A Bíblia diz: “Indo eles, montaram guarda ao sepulcro, selando a pedra e deixando ali a escolta” (Mateus 27.66).

Depois de matá-lo, seus inimigos fizeram com que todos soubessem que Jesus estava sepultado. A morte do nosso Senhor não foi somente tão decisiva quanto à morte pode ser, foi também humilhante: “Designaram-lhe a sepultura com os perversos” (Isaías 53.9). Em seu surpreendente amor, Jesus se identificou completamente conosco, pecadores e sofredores, sem omitir nada. Em terceiro lugar, o evangelho diz: “ressuscitou ao terceiro dia”. Anos atrás, eu ouvi S. Lewis Johnson expressá-lo assim: a ressurreição é o “Amém!” de Deus para o “Está consumado” de Cristo. Jesus “ressuscitou por causa da nossa justificação” (Romanos 4.25).

Sua obra na cruz teve êxito em expiar nossos pecados, e isso de modo evidente. Além disso, por meio de sua ressurreição, Cristo “foi designado Filho de Deus com poder”, ou seja, ele é o nosso Messias vitorioso que reinará para sempre (Romanos 1.4). Somente o Cristo ressurreto pode dizer e nos diz: “Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1.17-18).

Aquele que vive venceu a morte e agora está preparando um lugar para nós: um novo céu e uma nova terra, onde todo o seu povo viverá alegremente com ele para sempre. Esse é o evangelho da grande graça de Deus para com nós, pecadores. Qualquer outra coisa que possa ser dita apenas conta-nos mais sobre a poderosa obra de Jesus Cristo.