Ministério Público abre Inquérito sobre corrupção no Hospital
URGENTE | O Ministério Público de São Paulo, através da 1ª Promotoria de Justiça de Cajamar, que está sob o comando do Promotor Eduardo Henrique Balbino Pasqua, nesta quinta-feira, 21 de junho, instaurou Inquérito Civil para apurar supostos crimes de corrupção, improbidade administrativa, fraude à licitação e formação de quadrilha na gestão do Hospital Municipal Enfermeiro Antônio Policarpo de Oliveira. O promotor deu 20 dias para que a Prefeitura envie cópias dos contratos firmados com a UNISAU e a INSAÚDE, além de informações sobre a prefeita Dalete Oliveira e os secretários envolvidos no escândalo.
Entenda o caso
Segundo denúncia feita pelo diretor Executivo da UNISAU, José de Souza Dias, durante reunião com Joaquim Eduardo de Jesus, diretor de Licitações e Compras, e Eryck de Oliveira Giacon, diretor de Governo e filho da prefeita Dalete Oliveira, foi exigido pagamento de R$ 300 mil em propina para que a entidade tivesse seu contrato renovado e pudesse permanecer na gestão do HMC, e caso não aceitasse já existiriam outros “parceiros” dispostos a pagar e assumir o contrato futuro, assim como os demais Projetos na área da Saúde como Plano de Saúde da Família que está fechado por falta de médicos.
Gama coloca Dalete contra parede
Diante disso, o diretor da UNISAU se reuniu com o Dr. Ricardo Rodrigues Gama, ex-chefe de Gabinete, para informar o ocorrido. Gama convocou e interpelou Joaquim e Eryck sobre a denúncia e na sequência dirigiram-se ao gabinete da prefeita Dalete Oliveira aonde expuseram o que estava acontecendo na sua presença, causando um grande embate. Gama teria se posicionado no sentido de coibir atos como este e Dalete ao presenciar um crime de fraude à licitação, corrupção, improbidade administrativa e pedido de propina, deveria imediatamente ter dado voz de prisão aos envolvidos.
Corrupção passiva
No entanto, ficou explícito na delação que Dalete, seu filho Eryck e o diretor de Licitações Joaquim, agiam em conjunto, pois segundo relato, nada foi feito e a UNISAU passou a sofrer uma perseguição frenética, com fracionamento nos pagamentos que prejudicaram os atendimentos e ameaças de represália que resultaram no encerramento do contrato com a UNISAU e a contratação em caráter emergencial da empresa INSAÚDE, pelo período de seis meses, com valor superior a R$ 50 mil por mês, que totaliza os R$ 300 mil pedidos como propina.