Câmara instala CEI para investigar denúncia de corrupção no HMC
Durante Sessão Extraordinária realizada na terça-feira, 19 de Junho, por unanimidade a Câmara dos Vereadores de Cajamar aprovou a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), para investigar supostos crimes de corrupção, improbidade administrativa, fraude à licitação e formação de quadrilha, delatados pela UNISAU (União da Beneficência Comunitária e Saúde) ao Ministério Público, em que membros da atual gestão da prefeitura teriam pedido R$ 300 mil em propina para que a entidade tivesse o contrato de gestão do Hospital Municipal renovado novamente em caráter emergencial.
Segundo a denúncia feita pelo diretor Executivo da empresa, José de Souza Dias, durante reunião com Joaquim Eduardo de Jesus, diretor de Licitações, e Eryck de Oliveira Giacon, diretor de Governo e filho da prefeita Dalete Oliveira, foi exigido pagamento de R$ 300 mil em propina para que o aditivo fosse realizado e a entidade pudesse permanecer na gestão do HMC, e caso não aceitasse já existiriam outros “parceiros” dispostos a pagar e assumir o contrato futuro, assim como os demais Projetos na área da Saúde como Plano de Saúde da Família que está fechado por falta de médicos.
Gama coloca Dalete contra parede
Diante disso, o diretor da UNISAU se reuniu com o Dr. Ricardo Rodrigues Gama, ex-chefe de Gabinete, para informar o ocorrido. Gama convocou e interpelou Joaquim e Eryck sobre a denúncia e na sequência dirigiram-se ao gabinete da prefeita Dalete Oliveira aonde expuseram o que estava acontecendo na sua presença, causando um grande embate. Gama teria se posicionado no sentido de coibir atos como este (pois Dalete ao presenciar um crime de fraude à licitação, corrupção, improbidade administrativa e pedido de propina, deveria imediatamente ter dado voz de prisão aos envolvidos).
Corrupção passiva
No entanto, ficou explícito na delação que Dalete, seu filho Eryck e o diretor de Licitações Joaquim, agiam em conjunto, pois segundo relato, nada foi feito e a UNISAU passou a sofrer uma perseguição frenética, com fracionamento nos pagamentos que prejudicaram os atendimentos e ameaças de represália. Logo foi realizado o encerramento do contrato com a UNISAU e a contratação em caráter emergencial da empresa INSAÚDE, pelo período de seis meses, com valor superior de R$ 50 mil por mês, que totaliza os R$ 300 mil pedidos como propina.